O prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda (PSB) disse em entrevista coletiva nesta terça-feira (27) que “a situação [de falta de água] não é alarmante ainda, mas pode se tornar crítica se a economia não for feita”. De acordo com o chefe do Executivo, órgãos da prefeitura já se comprometeram a economizar os 30%, percentual pedido pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa).
Na última quinta-feira (22), a empresa admitiu que o Minas Gerais vive uma crise no abastecimento de água e pediu para que a população da Região Metropolitana economize pelo menos 30% da água consumida. Na sexta (23), o governo do estado informou que 49 cidades adotaram regime de racionamento de água.
Além do compromisso com a economia de água, Lacerda contou que os alunos da rede municipal serão instruídos já na primeira aula do ano, no próximo dia 3 de fevereiro. “A primeira aula será no sentido de atualizar para as crianças as informações sobre a economia de água, para que elas transmitam às suas famílias, atingindo, assim, possivelmente, 500 mil ou mais pessoas da cidade”, falou.
O prefeito ainda informou que a Defesa Civil Municipal vai ficar encarregada de coordenar as medida para amenizar os danos pela falta de água. “Nós vamos nos dedicar, inicialmente, a um estudo profundo de consumo da prefeitura. 30% é uma meta dura, mas possível. E, naturalmente, vamos colaborar com todos os órgãos envolvidos”, afirmou.
Sobre possíveis multas nas contas de água, racionamento, e rodízio, o prefeito disse que caberá à Copasa aplicar, caso seja necessário.
De acordo com a presidente da companhia, Sinara Meirelles, a situação de 31 cidades da Região Metropolitana, entre elas Belo Horizonte, é "extremamente preocupante". Segundo ela, levando em conta o pior cenário, em que não haja chuva nos próximos meses, os reservatórios que abastecem a Grande BH podem secar.
Hoje, os sistemas Rio Manso, Serra Azul e Vargem das Flores, integrados ao Sistema Paraopeba, operam com 30% da capacidade; há um ano, o índice era de 78%. A pior situação é a do Serra Azul, cujo nível chegou a 5,81%.
Além dos três reservatórios, que compõem o Sistema Paraopeba, o abastecimento na Região Metropolitana também é feito pelo Sistema Rio Das Velhas. O segundo não possui reservatório, sendo que a captação é feita por meio de fio d’água. A vazão do Rio das Velhas, nesta segunda-feira, estava em 20,16m³/s. A média histórica em janeiro é de dez vezes mais: 80 m³/s.
Lei sobre táxis
A entrevista coletiva ocorreu depois que o prefeito Marcio Lacerda sancionou uma lei que regulamenta a transferência das licenças de taxistas mortos para seus herdeiros.
Com a nova norma, se o taxista falecer, a permissão para dirigir o veículo passa à viúva e, na falta dela, aos filhos. Se o taxista não tiver se casado e não tiver filhos, seus pais ficam com o benefício que havia sido concedido pelo poder público.
Durante a reunião, na sede da prefeitura, no Centro da capital, o presidente do Sindicato dos Taxistas (Sincavir-MG), Ricardo Faedda, falou que a nova lei é uma conquista para a categoria e suas famílias.
Prefeito de BH diz que a Situação pode se tornar crítica, se não economizar água falta de água
By REDAÇÃO at terça-feira, janeiro 27, 2015
Belo Horizonte