Taxistas fazem paralisação no aeroporto de Confins


Taxistas de quatro empresas que prestam serviços no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, fazem uma paralisação na manhã desta segunda-feira, no terminal. Os profissionais e representantes das operadoras de táxis protestam contra a ação de "piolhos", que fazem o transporte clandestino na região. Cerca de 60 profissionais bloquearam a LMG-800, na saída do aeroporto, durante uma manifestação. Militares do terminal e da polícia rodoviária acompanharam o protesto, que é pacífico.

De acordo com taxistas, a mobilização ocorre depois de uma confusão na última sexta-feira entre os motoristas credenciados nas empresas e clandestinos. Houve uma briga entre os dois grupos. Segundo os profissionais que trabalham no terminal, dois homens chegaram em um carro preto e um deles, armado, disparou quatro vezes contra os taxistas estacionados no aeroporto. A dupla fugiu e não foi localizada. Um taxista, que não quis se identificar, diz: “Essa é nossa indignação, eles trabalham ilegais e armados ainda”.

Ao todo, mais de 500 veículos estão autorizados a pegar passageiros no aeroporto, sendo permissões de Confins, Lagoa Santa e da Secretaria de Transportes de Obras Públicas (Setop), que podem atuar em toda a Grande BH em qualquer trajeto. O em.com.br entrou em contato com o Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER/MG), responsável pela fiscalização de transporte clandestino, e aguarda retorno sobre o assunto.

O Sindicato dos Taxistas informou que os trabalhadores não oficializaram qualquer queixa sobre a ação de “piolhos” recentemente, nem mesmo a respeito da confusão de sexta-feira. O sindicato informa que vem tentando firmar convênios para que táxis de BH, Confins e Lagoa Santa possam pegar e levar passageiros ao terminal. A proposta poderia reduzir o gargalo no número de táxis que atendem ao aeroporto, já que motoristas da capital podem levar passageiros ao terminal, mas têm que voltar com os carros vazios, o que abre brecha para clandestinos.