Médico que decapitou bebê: "Fiz o possível para salvá-lo"

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O médico, Rubem Moreira, investigado por ter arrancado a cabeça de um bebê durante um parto realizado no Hospital Cristo Redentor, em Itapetinga, a 538 km de Salvador, se pronunciou por meio das redes sociais. Ele lamenta a morte do bebê e diz que tem consciência que para aqueles que desconhecem as razões e circunstâncias que indicaram o procedimento tão extremo sobressai o choque e a dor da família enlutada.

O profissional foi afastado das funções para apuração do fato, pela Fundação José Silveira, mantenedora da instituição. Paulo César Moreira da Silva, o pai da criança, prestou queixa contra o médico no dia 8 de setembro.

Rubem é médico há quase 40 anos e pai de três filhos. "Realizo partos durante todo este tempo e tenho amor à medicina", e se defendeu dizendo que o procedimento é previsto na literatura médica. "Apesar de extremo, este procedimento é existente, é previsto na literatura médica e indicado quando é absolutamente necessário para salvar vidas da gestante", completou.

O médico deu a sua versão dos fatos e que não conseguiu evitar que a criança viesse a óbito. "Há alguns dias fui chamado ao hospital para atender uma gestante que tinha entrado em trabalho de parto dias antes previsto. Mesmo tendo realizado junto com toda a equipe médica os procedimentos e esforços necessários, não pude evitar que a criança viesse a óbito. A partir daí, procurei a família para informá-los e alertá-los dos riscos que a gestante corria, bem como todas as medidas que poderiam ser requeridas", contou.

O caso

O médico Rubem Moreira Santos foi suspenso pela Fundação José Silveira, administradora do Hospital Cristo Redentor, na última quinta-feira, 24, após a queixa de Paulo César Moreira da Silva, o pai da criança, contra o médico por ter decapitado o seu filho durante o parto, no dia 6 de setembro.

De acordo com Paulo Silva, ele precisou buscar o médico em outro hospital, pois o ele estaria dando plantão em dois locais. E para o pai o médico foi displicente "mesmo sendo leigo criança com 6kg não tem condição de nascer normal", disse Paulo.