Atual presidente, Michel Temer, e os ex-presidentes Dilma, Lula, FHC, Sarney e Collor foram citados por executivos na delações da Odebrecht.
Michel Temer (PMDB), presidente da República |
Com "imunidade temporária", o presidente não pode ser investigado por crimes que não aconteceram no exercício do mandato. A Procuradoria-Geral da República (PGR) não o incluiu na "lista do Janot", e por consequência ele também não é alvo de inquérito da "lista de Fachin",embora seja citado em 2 deles.
Suspeitas
Marcelo Odebrecht disse que um jantar no Palácio do Jaburu com o então vice-presidente, em 28 de maio de 2014, foi como um "shake hands" (apertar de mãos, em inglês) para um acerto no valor de R$ 10 milhões da empreiteira para o PMDB.
Cláudio Melo Filho, ex-vice-presidente de Relações Institucionais da empreiteira, afirmou que no mesmo jantar Temer solicitou "direta e pessoalmente" a Marcelo Odebrecht apoio financeiro para as campanhas do PMDB em 2014.
Em declarações feitas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em março, Marcelo Odebrecht também disse ter pago R$ 150 milhões à chapa Dilma-Temer na campanha de 2014.
O que diz Temer
"É fato que participei de uma reunião em 2010 com representante de uma das maiores empresas do país. A mentira é que nessa reunião eu teria ouvido referência a valores financeiros ou a negócios escusos da empresa com políticos. Isso jamais aconteceu. Nem nessa reunião nem em qualquer outra reunião que eu tenha feito ao longo de minha vida pública com qualquer pessoa física ou jurídica. Jamais colocaria a minha biografia em risco", disse.
"O verdadeiro homen público tem que estar à altura dos seus desfios que envolvem bons momentos e momentos de profundo desconforto. Minha maior aliada é a verdade, matéria-prima do Poder Judici[ário, que revelerá toda a verdade dos fatos", acrescentou.