Um homem foi assassinado a tiros, dentro de um ônibus, na avenida Cristiano Machado, na altura do bairro Ipiranga, na região Nordeste
de Belo Horizonte, na manhã desta quinta-feira (1º). Outras duas pessoas, incluindo uma mulher, foram atingidas pelos disparos.
O suspeito teria atirado ao encontrar dificuldades para permanecer no ônibus sem pagar a passagem. Ele foi cobrado, não gostou, sacou a arma e atirou, fugindo, em seguida para o bairro Palmares.
O crime aconteceu em um coletivo da linha 1502 (Vista Alegre/Guarani) da Viação Zurick, que seguia no sentido centro, embaixo do viaduto Henriqueta Lisboa. A Polícia Militar (PM) procura pelo criminoso. As imagens da câmera do ônibus já estão com a polícia.
Uma passageira, de 65 anos, foi baleada em um dos pés, um fiscal da linha, de 46 anos, foi ferido por estilhaços de bala e o outro fiscal Webert Eustáquio de Souza, 33, foi baleado no rosto e morreu.
Segundo o tenente da PM, Cristiano Marcos, nessa quarta-feira (30), o suspeito foi retirado do ônibus por não querer pagar passagem. Conforme a assessoria da Polícia Civil, ele teria sido agredido por quatro tapas por um fiscal, que foi ameaçado de morte por ele. Souza, contudo, não tinha nada a ver com o que aconteceu nessa data anterior, já que o colega ameaçado foi trocado de local de atuação nesta quinta.
Na manhã desta quarta, o atirador pegou o mesmo ônibus e os fiscais, que trabalham em dupla e à paisana, pediram para todos pagarem passagem e passar a roleta. O suspeito não gostou, discutiu com os fiscais e teria dito: "olha o pagamento da minha passagem aqui", e começou a atirar.
Cerca de 100 passageiros estavam no ônibus nesta manhã, de acordo com a PM. Ouve gritaria, pânico, e todos se abaixaram. O trânsito ficou intenso no sentido Centro, devido a uma das faixas estar ocupada, para o trabalho da perícia.
Os feridos foram encaminhados por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII.
A mãe de Souza seguia para o trabalho em um ônibus e viu o corpo do filho estirado na avenida. Quando ouviu outros passageiros afirmarem ser um fiscal, ela começou a ligar para o filho, mas ele não atendia ao celular.
O crime está sendo investigado pela Delegacia Especializada em Homicídios Leste, pela delegada Alice Batello.